“Não basta não ser racista, é preciso ser antirracista”
A frase da Filósofa Angela Davis diz muito sobre a sociedade que queremos construir.
Não basta querer que os casos de injúria racial diminuam, que as mortes dos jovens negros no Brasil também, tampouco que pessoas negras ocupem os mesmos cargos e recebam os mesmos salários que pessoas brancas. É preciso criar estratégias, ações. Ou melhor, fomentar a mudança. Essa prática começa na infância e perdura para a vida adulta.
Sobre a Lei 10.639/03
A Lei 10.639/03, alterada pela Lei 11.645/08, foi criada com um intuito: estabelecer o ensino obrigatório da história e cultura afro-brasileira e africana em todas as escolas, públicas e particulares, do ensino fundamental até o ensino médio.
O ensino visa informar crianças e adolescentes sobre a importância histórica de pessoas negras como contribuintes com a economia, cultura e religião no Brasil. Considerando-os como sujeito e protagonistas da própria história e conquistas.
Conhecimento contra o racismo
Mas, por que leis como essa são importantes? Para o combate ao racismo através da educação. No ensino regular, a cultura branco-europeia sempre foi valorizada em comparação à cultura africana. Isso faz com que a história se perca e, em muitos casos, contada de forma distorcida.
A implantação dessa e outras leis desconstrói preconceitos que perpetuam durante muito tempo na sociedade brasileira e nada melhor que a educação, como ferramenta, para construir uma sociedade muito mais justa e antirracista.
Quando crianças, adolescentes e professores compreendem como o racismo é intrínseco no país, mais ferramentas de mudanças podem ser construídas. Valorizar a cultura negra, em vez de colocá-la como folclore ou pessoas negras apenas como escravizadas.
II Expo da Consciência Negra como ferramenta de mudança
Nos dias 18, 19 e 20 de novembro, a II Expo da Consciência Negra pretende falar da importância da Lei 10.639/03. No Eixo Educação, também chamado de Semear, tem como cenário a Baobá, uma árvore nativa do continente africano. Símbolo da vida, ela é referência quando o assunto é ensino da educação ancestralidade. Através de contação de histórias africanas e afrodiaspóricas, rodas de conversa, jogos típicos africanos e descobertas do povo preto, o espaço de 589m², propõe que é possível uma educação inclusiva e antirracista.
Faça parte da mudança que queremos ver, por uma sociedade antirracista!
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Referências: